Quando um importador busca por um produto do qual possa comprar na China e lucrar aqui no Brasil com a revenda, deve levar em conta, cada item que envolve esse processo.
Isso porque o valor mostrado em um site de venda, como por exemplo, o Alibaba, pode ser até empolgante pelo preço tão barato, mas falta acrescentar os impostos.
E nisso os importadores brasileiros erram muito: se encantam com o produto, já querem fechar logo a compra de 500 unidades, mas não analisam os impostos que devem ser acrescentados no valor final do produto que ele vai pagar.
O imposto vai ser quase o dobro do valor desse produto. Se a pessoa comprou do fornecedor por r$ 5,00 reais com os impostos acrescentados no valor, o produto vai sair por r$ 10,00 reais. E esses encargos e impostos fixos, são cobrados quando a mercadoria entra no Brasil.
Um exemplo: quando uma pessoa vem em uma viagem do Brasil aos Estados Unidos, quando desce da aeronave o custo por enquanto foi 3% por ter entrado nos EUA. Na sequência a receita federal pede a apresentação dos itens que a pessoa tem a declarar.
A receita vai identificar o NCM do produto, o valor pago pelos itens como também a quantidade adquirida. E depois de toda essa verificação, eles estipulam qual o valor que deve ser pago para liberação e retirada da mercadoria. Pois do contrário, os produtos ficam retidos na receita.
O mais importante que deve ser considerado na questão de impostos, é sempre deixar um capital emergencial guardado, equivalente ao dobro do valor total que o importador estiver comprando para pagar encargos e impostos da importação.
Isso porque o preço no site de venda é o valor enxuto do produto, não contando com os impostos e demais encargos que serão pagos depois. É preciso ser precavido para não ser surpreendido perante a receita federal com valores dos quais a pessoa não tem para pagar naquele momento.
Por isso, antes de se empolga e ter a ilusão de que aquele produto está super barato, o importador deve avaliar todos os custos envolvidos e dobrar o valor a ser investido. Isso porque os impostos são cobrados na chegada do produto ao destino final e não no ato da compra do produto.