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Descubra tudo sobre NCM e aprenda a classificar produtos corretamente para evitar multas e otimizar sua importação. Guia essencial para importadores!
Imagem de um homem com boné preto explicando sobre importação, com um fundo aéreo de um porto cheio de contêineres e um guindaste azul e amarelo. O texto na imagem diz "IMPORTAÇÃO. DOMINANDO NCM", indicando um guia sobre a classificação de mercadorias na importação.

Sumário

Dominando o NCM: Guia Essencial para Importadores

Quem trabalha com importação com certeza já se deparou com a sigla NCM. Dominar a Nomenclatura Comum do Mercosul é fundamental para garantir que seus produtos sejam classificados corretamente, evitando problemas com a alfândega e pagando os tributos na medida certa. Uma simples escolha equivocada do código NCM pode resultar em atrasos na liberação da mercadoria, multas salgadas e dores de cabeça que nenhum importador deseja enfrentar.

Neste guia essencial, vamos desvendar o que é o NCM, por que ele é tão importante no processo de importação e como classificar seus produtos da forma correta. Também vamos abordar erros comuns que muitos cometem ao definir o NCM e compartilhar dicas práticas para acertar na classificação. As orientações a seguir valem para importações da China ou de qualquer outro país, já que o código NCM é o padrão utilizado no Brasil e nos demais países do Mercosul. Ao final, você estará mais confiante para lidar com este aspecto vital do comércio exterior e evitar surpresas desagradáveis no desembaraço aduaneiro.

Importador analisando a classificação fiscal (NCM) de um produto
Classificar corretamente um produto no NCM requer análise das características técnicas e da descrição em detalhe.

O que é o NCM?
NCM é a sigla para Nomenclatura Comum do Mercosul, um sistema unificado de classificação de mercadorias adotado pelos países do Mercosul (como Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai). Trata-se de um código numérico de oito dígitos atribuído a cada tipo de produto, usado para identificá-lo de forma padronizada em documentos de importação e exportação.

Esse código é baseado no Sistema Harmonizado (SH) internacional, uma estrutura de classificação reconhecida mundialmente. Os primeiros seis dígitos do NCM correspondem ao código SH global, enquanto os dois últimos dígitos especificam desdobramentos próprios do Mercosul. Em outras palavras, o NCM detalha a natureza da mercadoria – desde sua categoria geral até particularidades – permitindo que autoridades aduaneiras e fiscais entendam exatamente qual produto está sendo negociado.

Importância do NCM na Importação
Classificar corretamente um produto no NCM não é apenas uma formalidade burocrática – é um passo crucial que impacta diretamente os resultados da sua importação. Veja por que o NCM é tão importante:

  • Tributação adequada: Cada código NCM está vinculado a alíquotas específicas de impostos, como Imposto de Importação, IPI, PIS/Cofins e ICMS. Uma classificação correta garante que você pague exatamente os tributos devidos, nem mais nem menos. Por outro lado, um NCM incorreto pode fazer com que você recolha impostos indevidos ou seja autuado por pagar menos do que o exigido por lei.
  • Fiscalização aduaneira ágil: Na alfândega, a inspeção das mercadorias e a conferência documental levam em conta o NCM declarado. Um código preciso reduz o risco de retenções e atrasos, pois os fiscais conseguem verificar com mais facilidade que a mercadoria corresponde ao informado. Já um erro pode levantar suspeitas, levando a conferências físicas rigorosas e atraso na liberação do seu carregamento.
  • Compliance e penalidades: Utilizar o NCM correto é uma exigência legal. No Brasil, informar um código errado na Declaração de Importação (DI) é considerado uma infração. As penalidades podem incluir multa equivalente a 1% do valor aduaneiro da mercadoria (com um mínimo de R$ 500,00), além de outras sanções. Além do impacto financeiro imediato, erros constantes podem colocar a empresa na mira da fiscalização com mais frequência.
  • Custos e formação de preço: O NCM influencia o custo final do produto importado. Com a tributação correta definida pelo código, você consegue calcular com precisão os custos incidentes (tarifas e impostos) e formar o preço de venda adequado, mantendo sua margem de lucro e competitividade no mercado.
  • Benefícios fiscais e regimes especiais: Alguns produtos, identificados pelo NCM, podem gozar de incentivos fiscais ou estar sujeitos a regimes aduaneiros especiais (como ex-tarifários, reduções temporárias de imposto, entre outros). Se o código não estiver correto, sua empresa pode perder um benefício a que teria direito ou, inversamente, aplicar um benefício indevido e depois sofrer sanções por isso.
  • Estatísticas e logística: Governos e empresas utilizam os códigos NCM para coletar estatísticas de comércio exterior e planejar a logística. Ter a mercadoria corretamente classificada ajuda na elaboração de relatórios, no planejamento de estoque, na análise de mercado e na comunicação precisa com parceiros (como despachantes aduaneiros e transportadoras).

Em resumo, o NCM é a base para toda a operação de importação em termos fiscais e aduaneiros. Ignorar sua importância ou tratá-lo sem o devido cuidado é um erro que pode custar caro ao importador.

Como classificar corretamente um produto no NCM
Classificar um produto no NCM requer atenção aos detalhes. Seguir um processo sistemático pode ajudar a encontrar o código correto para cada mercadoria. Confira um passo a passo para realizar a classificação de forma assertiva:

  1. Descreva detalhadamente o produto – Reúna todas as informações sobre o item que será importado. Qual é a natureza do produto? Do que ele é feito (matéria-prima ou componentes)? Qual sua função ou utilização principal? Conhecer bem o produto é o primeiro passo para enquadrá-lo na categoria certa no NCM.
  2. Identifique a categoria geral (Capítulo) – Consulte a tabela do Sistema Harmonizado/NCM e encontre o Capítulo que abrange o tipo de mercadoria em questão. Os dois primeiros dígitos do NCM correspondem a uma categoria ampla (por exemplo, 84 para máquinas e aparelhos mecânicos, 85 para eletroeletrônicos, etc.). Localizar o capítulo correto já direciona a busca dentro da tabela.
  3. Refine pela Posição e Subposição – Dentro do Capítulo, procure a Posição (3º e 4º dígitos) e a Subposição (5º e 6º dígitos) que melhor descrevem seu produto. Leia atentamente as descrições fornecidas na tabela NCM para cada código candidato, comparando com as características do seu item. Muitas vezes, a diferença de classificação está em detalhes como material, composição, potência, dimensão ou uso específico.
  4. Verifique o Item e Subitem (códigos finais) – Os dois últimos dígitos do NCM detalham ainda mais a classificação (7º e 8º dígitos, conhecidos como item e subitem). Certifique-se de selecionar o código completo de oito dígitos que corresponda exatamente ao produto. Se houver notas explicativas ou notas de seção/capítulo (disponíveis na TIPI – Tabela de Incidência do IPI – ou nos documentos oficiais do Sistema Harmonizado), leia-as para esclarecer eventuais dúvidas e ter certeza da escolha.
  5. Use ferramentas de consulta confiáveis – Aproveite recursos disponíveis para auxiliar na busca do NCM. O site da Receita Federal dispõe de uma tabela NCM atualizada e mecanismos de pesquisa por palavra-chave. Existem também ferramentas online e aplicativos de comércio exterior que sugerem possíveis códigos a partir da descrição do produto. Lembre-se de usar fontes oficiais ou reconhecidas para não correr o risco de adotar códigos desatualizados ou incorretos.
  6. Confirme com um especialista, se necessário – Em caso de dúvida persistente, não hesite em consultar um despachante aduaneiro ou especialista em classificação fiscal. Esses profissionais lidam diariamente com NCM e podem orientar na identificação do código correto, especialmente para produtos complexos ou pouco comuns. Investir em uma consultoria pode prevenir problemas graves mais adiante.
  7. Registre e revise o código escolhido – Após definir o NCM, anote esse código em seus documentos e sistemas internos para futuras importações do mesmo produto. Além disso, mantenha-se atento a eventuais atualizações na NCM; novas versões da tabela podem alterar códigos ou descrições. É aconselhável revisar periodicamente as classificações dos seus produtos para garantir que continuam válidas e precisas.

Seguindo essas etapas, as chances de classificar corretamente o produto aumentam significativamente. O processo pode parecer trabalhoso no início, mas torna-se mais fácil conforme você se familiariza com a estrutura do NCM e as categorias de produtos com as quais sua empresa lida.

Tabela de códigos NCM do Mercosul
O código NCM é composto por 8 dígitos e classifica mercadorias de forma padronizada nos países do Mercosul.

Erros comuns ao definir o NCM
Mesmo seguindo um método, alguns deslizes na classificação acontecem com frequência entre importadores. Conheça os erros mais comuns e procure evitá-los:

  • Usar um NCM “aproximado” ou genérico – Por pressa ou desconhecimento, há quem escolha um código que “parece” encaixar, mas não é o exato. Por exemplo, classificar uma máquina específica em um NCM genérico do mesmo tipo de máquina, ignorando detalhes técnicos. Essa aproximação pode resultar em tributação incorreta ou na necessidade de retificar a declaração depois, gerando custos e atrasos.
  • Confiar cegamente no NCM fornecido pelo fabricante – Muitos fornecedores estrangeiros indicam um código de classificação (geralmente o HS de 6 dígitos) para o produto. Entretanto, o HS pode não corresponder diretamente ao NCM brasileiro de 8 dígitos, ou pode haver interpretações diferentes entre países. Usar o código sugerido sem validar nas fontes oficiais brasileiras é um erro comum que leva a classificações erradas.
  • Não acompanhar atualizações da tabela – A tabela NCM é revisada periodicamente. Códigos são criados, alterados ou extintos ao longo dos anos. Um deslize comum é continuar usando um NCM que era válido no passado, mas que foi substituído ou teve descrição modificada em uma atualização recente. Isso torna a declaração incorreta e pode gerar problemas na importação se o código estiver obsoleto.
  • Descrição imprecisa da mercadoria – Ao preencher os documentos de importação, a descrição do produto deve corresponder ao NCM declarado. Se você usar um NCM abrangente demais e não especificar as características do item, ou se a descrição entrar em conflito com o código escolhido (por exemplo, mencionar um material ou uso diferente do previsto naquele NCM), a fiscalização poderá implicar e exigir correção.
  • Ignorar exceções e notas legais – Alguns capítulos e posições possuem notas legais que determinam classificações específicas. Há produtos que, intuitivamente, seriam classificados em determinada categoria, mas alguma regra de capítulo manda classificar em outra (como kits, conjuntos ou artigos incompletos, que têm regras próprias). Desconsiderar essas exceções pode levar ao enquadramento incorreto do item e, consequentemente, a infrações.

Estar ciente desses erros comuns já é um grande passo para evitá-los. Atenção aos detalhes e consulta a fontes confiáveis são as melhores estratégias para não escorregar na definição do NCM.

Dicas para acertar na classificação do NCM
Para ter segurança na hora de classificar seus produtos e evitar problemas, siga estas boas práticas:

  • Mantenha-se atualizado – Esteja sempre por dentro das mudanças na legislação aduaneira relacionadas à NCM. A Receita Federal publica alterações na tabela por meio de resoluções (Ex: atualizações da TIPI). Verifique periodicamente se houve mudanças nos códigos que você utiliza com frequência.
  • Detalhe bem a mercadoria – Ao buscar o código ou preencher a documentação, use descrições detalhadas e precisas. Inclua na descrição aspectos como material de fabricação, função, modelo, potência, dimensão e qualquer outro detalhe relevante. Quanto mais específico, mais fácil será encontrar o NCM adequado e justificar sua escolha em caso de questionamento da fiscalização.
  • Verifique em múltiplas fontes – Não se baseie em uma única fonte de informação. Após identificar um possível NCM, confira em outra fonte ou literatura se aquele código realmente corresponde ao produto. Você pode consultar a NESH (Notas Explicativas do Sistema Harmonizado) ou publicações técnicas. Se o seu produto já foi importado antes, verifique o histórico para confirmar se o código utilizado foi aceito sem problemas.
  • Conte com ajuda especializada – Não hesite em buscar apoio de profissionais experientes. Despachantes aduaneiros e consultores em comércio exterior podem oferecer orientação valiosa sobre classificação fiscal. Em casos de dúvida, um olhar especializado pode prevenir erros que passariam despercebidos.
  • Documente a classificação – Mantenha um registro interno de como cada produto foi classificado e por quais razões. Anote, por exemplo, quais características do item o levaram àquele NCM ou cite fontes que embasaram a decisão. Ter essa documentação ajuda a treinar equipes, a manter coerência nas classificações e serve de respaldo caso a autoridade aduaneira questione o enquadramento escolhido.
  • Aproveite a tecnologia – Utilize sistemas de gestão de importação ou ferramentas online que facilitem a busca do NCM. Alguns softwares permitem pesquisa por descrição e já estão integrados à base de dados da NCM, atualizando-se automaticamente. Essa tecnologia agiliza o processo e reduz as chances de erro humano.

Seguindo essas dicas, você diminui consideravelmente as chances de errar e ganha mais tranquilidade nas operações. Lembre-se de que acertar o NCM desde o início é sempre melhor do que remediar problemas depois – isso economiza tempo, dinheiro e preserva a reputação da sua empresa perante os órgãos fiscalizadores.

Inspetor da Receita Federal conferindo mercadorias importadas
Uma classificação NCM incorreta pode resultar em fiscalizações rigorosas e multas por parte da Receita Federal.

Conclusão
Dominar o NCM é um dos pilares para ter sucesso nas importações. Ao entender o que é esse código, sua estrutura e relevância, e ao praticar uma classificação cuidadosa, o importador consegue evitar multas, reduzir atrasos e otimizar custos em cada operação. Investir tempo para acertar no NCM traz um enorme retorno em tranquilidade e eficiência no comércio exterior.

Se você ainda tem dúvidas sobre a classificação de mercadorias ou precisa de auxílio profissional para lidar com o NCM e outros aspectos da importação, estamos à disposição para ajudar. Entre em contato conosco via WhatsApp e converse com nossos especialistas. Vamos juntos simplificar o processo de importar e levar o seu negócio ao próximo nível!

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