Existe o empresário que tem anos de experiência no Brasil, tem um vasto conhecimento sobre negociações empresariais, sabe as empresas que mais se encaixam no perfil do seu negócio, tem um nome consolidado no mercado e quer utilizar tudo isso no estrangeiro, mais precisamente para importar produtos da China.
É bom deixar bem claro que o sistema comercial do Brasil é um e o da China é outro, completamente diferente. O motivo é obvio: a cultura do país é diferente e seus preços também, além do relacionamento entre fornecedores e importadores.
Na china, para negociar a compra de produtos, é preciso existir uma interação amigável, antes de discutir qualquer assunto relacionado ao que interessa: a importação. É preciso se achegar aos empresários chineses com cordialidade, buscando formar laços de amizade antes de chegar ao objetivo pretendido.
No Brasil, as negociações costumam ser ríspidas e rápidas: é perguntar o preço, negociar, fechar contrato e nada de vínculos. Na China, esse tipo de atitude é simplesmente inaceitável. O fornecedor simplesmente não vai dar a devida atenção ao importador e muito menos querer fechar negócio.
O primeiro passo a se tomar para comprar produtos importados da China, é criar um vínculo favorável com os fornecedores chineses, os donos das fábricas e principalmente, levar consigo um tradutor para intermediar as reuniões.
Ter um tradutor, vai demonstrar que seu interesse é em uma negociação séria e esclarecida, pois a maioria dos donos de fábricas na china não falam inglês, somente o mandarim.
Uma situação embaraçosa que demonstra a precipitação de um cliente sabe tudo, é afirmar que conhece tal endereço de uma empresa na China porque achou no Google. Ledo engano! O Google não funciona na China, isso quer dizer que as informações que ele colheu estão desatualizadas.
A China tem seu desenvolvimento de uma maneira ultra rápida, por isso, os importadores que tem a postura de sabe tudo, somente tem a perder com as mudanças constantes que acontecem nesse país.
Este perfil de importador precisa ser mais aberto para receber informações do que se basear somente em algo que aprendeu no Brasil há muitos anos atrás.
Isso vai render prejuízos e a perda de preciosas oportunidades para lucrar com o comércio Chinês, além do que, os fabricantes não toleram nenhuma conversação com teor intimidador, quem quer demonstrar que entende do assunto, não vai conseguir uma conversa produtiva e muito menos, fechar seu negócio de importação.